A utopia e a realidade da universalização do saneamento básico
Neste artigo, publicado no Portal Saneamento Básico, os engenheiros Enéas Ripoli e Hélio Samora, analisam as perspectivas para a área de saneamento básico conforme o novo marco regulatório aprovado recentemente.
É factível uma montadora de automóveis produzir um milhão de carros por ano e jogar fora a metade desse total? Claro que isso parece não apenas improvável como impossível, mas traçando um paralelo, e por incrível que pareça, é isso que acontece com a água no Brasil. Anualmente são extraídos mais de 16 bilhões de m³ de água dos mananciais hídricos, transformados em água potável, mas aproximadamente 50% desse total são perdidos. Reduzir ao máximo essas perdas será fundamental para que as empresas públicas e privadas de saneamento consigam cumprir a meta da universalização dos serviços, ou seja, de levar a água tratada a 99% da população e recolher e tratar 90% do esgoto até 2033, o que foi estipulado pelo novo Marco Legal Regulatório do Saneamento Básico, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro em julho deste ano.
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